ecological psychology

Showing results in 'Publications'. Show all posts
Carvalho, E. M. (2024).  Valores na Ciência e a perspectiva ecológica do conhecimento científico. Ciência: epistemologia e ensino. , Rio de Janeiro: Editora do PPG Filosofia da UFRRJ Abstract

A ideia de que a ciência — ou ao menos as atividades científicas que são consideradas as mais essenciais para a ciência — deve ser livre de valores é bastante difundida. Neste capítulo, vou discutir essa tese, normalmente entendida como um ideal de ciência. Na primeira seção, introduzo alguns conceitos e distinções que são importantes para entender essa tese, como a diferença entre valores cognitivos e não-cognitivos. Na segunda seção, discuto o papel dos valores na seleção de problemas e na metodologia científica. Na terceira seção, apresento dois argumentos canônicos contra o ideal da ciência como livre de valores: o argumento da lacuna explicativa, de Helen Longino (1990), e o argumento do risco indutivo, de Heather Douglas (2009). Na quarta seção, discuto algumas respostas a esses argumentos. Por fim, na última seção, a partir da abordagem ecológica, exploro e sustendo a ideia de que a reconcepção da ciência como uma atividade social situada e adaptativa supera a dicotomia entre fato e valor que subjaz a discussão. Essa nova concepção de ciência nos permite acomodar melhor os resultados dos argumentos apresentados na terceira seção.

Carvalho, E. M. (2023).  O disjuntivismo ecológico e o argumento causal. Trans/Form/Ação. 46(Edição Special 1), 147-174. AbstractWebsite

Neste artigo, argumento que a abordagem ecológica da percepção oferece recursos para desarmar o argumento causal contra o disjuntivismo. Segundo o argumento causal, como os estados cerebrais que proximamente antecedem a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente podem ser do mesmo tipo, não haveria portanto uma boa razão para rejeitar que a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente tenham fundamentalmente a mesma natureza. O disjuntivismo com respeito à natureza da experiência seria assim falso. Identifico três suposições que apoiam o argumento causal: a suposição da indistinguibilidade, a suposição da linearidade e a suposição da duplicação. De acordo com a abordagem ecológica da percepção, essas suposições não se sustentam, abrindo espaço para a defesa de uma versão ecológica do disjuntivismo. Episódios perceptivos se estendem ao longo do tempo e são supervenientes ao sistema organismo-ambiente. Eles também podem ser distinguidos dos 'correspondentes' episódios de alucinação por serem o resultado de um processo controlado de sintonização, ao passo que as alucinações são passivas e refratárias às atividades de exploração e sintonização. Por fim, o disjuntivismo ecológico, na medida em que é imune ao argumento causal, se mostra vantajoso em relação aos disjuntivismos negativo e positivo.

Carvalho, E. M. (2022).  Affective Affordances: Direct perception meets affectivity. Perspectiva Filosófica. 49(5), 19-51. AbstractWebsite

In this paper, I explore and examine different ways in which affectivity is related to perception within ecological psychology. I assess whether some of those ways compromise the realist and direct aspects of traditional ecological perception. I sustain that they don’t. Affectivity, at least in some cases, turns the perception of fine-grained affordances possible. For an engaged perceiver, affectivity is not optional.

Carvarlho, E. M. (2022).  An ecological approach to hinge propositions. Sképsis. XIII(25), 1-16. AbstractWebsite

In this paper, I argue that hinge propositions are ways of acting that constitute abilities or skills. My starting point is Moyal-Sharrock’s account of hinge propositions. However, Moyal-Sharrock’s account leaves gaps to be filled, as it does not offer a unified explanation of the origin of our ungrounded grounds. Her account also lacks resources to respond to the issue of demarcation, since it does not provide a criterion for distinguishing ways of acting that can legitimately fulfill the role of ungrounded grounds from those that cannot. Without an answer to this issue, the relativistic threat is serious. I then propose that by narrowing the ways of acting to those that are constitutive of abilities, we can deal with the relativistic threat. I provide an ecological approach to abilities through which I explain why abilities are reality-soaked and therefore why the ways of acting that constitute them are legitimate ungrounded grounds. Based on that approach, I provide an
answer to the issue of demarcation that defuses the relativistic threat.

Carvalho, E. (2022).  A abordagem ecológica das habilidades e a epistemologia dos eixos. Epistemologia dos eixos: interpretações e debates sobre as (in)certezas de Wittgenstein. , Porto Alegre: Editora Fênix Abstract

Neste texto, discuto a interpretação defendida por Moyal-Sharrock, segundo a qual as proposições eixo são maneiras de agir com o objetivo de oferecer uma proposta sobre como compreendê-las. Sustento que a posição de Moyal-Sharrock deixa algumas lacunas, porque não explica a origem das nossas certezas fundamentais. A sua leitura também carece de recursos para responder ao problema da demarcação, uma vez que não é claro como distinguir maneiras de agir que podem legitimamente cumprir o papel de fundamento não fundamentado das que não podem. Sem uma resposta para esse problema, a ameaça relativista é séria. Proponho, então, que as proposições eixo são maneiras de agir constitutivas de habilidades. Desenvolvo também uma abordagem ecológica das habilidades, a qual me possibilita explicar por que habilidades são embebidas-de-realidade e, por conseguinte, por que as maneiras de agir que as constituem são fundamentos não fundamentados legítimos. Com base nessa abordagem, ofereço uma resposta para o problema da demarcação que afasta a ameaça relativista.

Carvalho, E. M. (2022).  Psicologia Ecológica: da percepção à cognição social. Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição. , Porto Alegre: Editora Fi Abstract

Texto introdutório à abordagem ecológica da percepção que será publicado na coletânea Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição, Grupo Linguagem e Cognição (UFAL/CNPq).

Neste texto, apresento e examino as principais ideias que animam a abordagem ecológica da percepção. Primeiro, na Seção 2, apresento a visão instantânea da percepção, contra a qual Gibson articula e propõe a abordagem ecológica. Em seguida, não Seção 3, apresento e discuto a noção de informação ecológica. Nas seções 4 e 5 articulo a teoria das affordances e discuto a aprendizagem perceptiva. Por fim, na Seção 6, exponho e discuto a possibilidade de estender a teoria das affordances para explicar a cognição social.

Carvalho, E. M. (2021).  An Ecological Approach to Disjunctivism. Synthese. 198(Radical Views on Cognition), 285–306. Abstractan_ecological_approach_to_disjunctivism.pdfWebsite

In this paper I claim that perceptual discriminatory skills rely on a suitable type of environment as an enabling condition for their exercise. This is because of the constitutive connection between environment and perceptual discriminatory skills, inasmuch as such connection is construed from an ecological approach. The exercise of a discriminatory skill yields knowledge of affordances of objects, properties, or events in the surrounding environment. This is practical knowledge in the first-person perspective. An organism learns to perceive an object by becoming sensitized to its affordances. I call this position ecological disjunctivism. A corollary of this position is that a case of perception and its corresponding case of hallucination—which is similar to the former only in some respects—are different in nature. I show then how the distinguishability problem is addressed by ecological disjunctivism.

Carvalho, E. (2020).  Sintonizando com o mundo: uma abordagem ecológica das habilidades sensoriomotoras. Ciência e Conhecimento. , Teresinha: Editora UFPI Abstract

Neste capítulo, apresento e sustento uma articulação da noção de habilidade corporal ou sensoriomotora a partir da psicologia ecológica e mostro como ela é relevante para o debate entre Dreyfus e McDowell sobre a lida habilidosa e também para o debate sobre se saber-fazer se reduz ou não a conhecimento proposicional. A metáfora correta para compreender habilidades corporais não é a do computador, mas a do rádio. Essas habilidades resultam de um processo de sintonização do organismo com o seu ambiente.

Carvalho, E. M., & Rolla G. (2020).  An enactive-ecological approach to information and uncertainty. Frontiers in Psychology. 11, 1-11. AbstractFrontiers in Psychology

Information is a central notion for cognitive sciences and neurosciences, but there is no agreement on what it means for a cognitive system to acquire information about its surroundings. In this paper, we approximate three influential views on information: the one at play in ecological psychology, which is sometimes called information for action; the notion of information as covariance as developed by some enactivists, and the idea of information as minimization of uncertainty as presented by Shannon. Our main thesis is that information for action can be construed as covariant information, and that learning to perceive covariant information is a matter of minimizing uncertainty through skilled performance. We argue that the agent’s cognitive system conveys information for acting in an environment by minimizing uncertainty about how to achieve her intended goals in that environment. We conclude by reviewing empirical findings that support our view and by showing how direct learning, seen as instance of ecological rationality at work, is how mere possibilities for action are turned into embodied know-how. Finally, we indicate the affinity between direct learning and sense-making activity.

Carvalho, E. M. (2020).  Social Affordance. Encyclopedia of Animal Cognition and Behavior. , Cham: Springer Abstractsocial-affordance.pdf

A short entry on Social Affordances. Social affordances are possibilities for social interaction or possibilities for action that are shaped by social practices and norms.