foundationalism

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Carvalho, E. (2022).  A abordagem ecológica das habilidades e a epistemologia dos eixos. Epistemologia dos eixos: interpretações e debates sobre as (in)certezas de Wittgenstein. , Porto Alegre: Editora Fênix Abstract

Neste texto, discuto a interpretação defendida por Moyal-Sharrock, segundo a qual as proposições eixo são maneiras de agir com o objetivo de oferecer uma proposta sobre como compreendê-las. Sustento que a posição de Moyal-Sharrock deixa algumas lacunas, porque não explica a origem das nossas certezas fundamentais. A sua leitura também carece de recursos para responder ao problema da demarcação, uma vez que não é claro como distinguir maneiras de agir que podem legitimamente cumprir o papel de fundamento não fundamentado das que não podem. Sem uma resposta para esse problema, a ameaça relativista é séria. Proponho, então, que as proposições eixo são maneiras de agir constitutivas de habilidades. Desenvolvo também uma abordagem ecológica das habilidades, a qual me possibilita explicar por que habilidades são embebidas-de-realidade e, por conseguinte, por que as maneiras de agir que as constituem são fundamentos não fundamentados legítimos. Com base nessa abordagem, ofereço uma resposta para o problema da demarcação que afasta a ameaça relativista.

Carvalho, E. (2008).  Algumas Luz para o Fundacionismo?. Philosophos. 13(1), 35-65. AbstractWebsite

The foundationalist needs to deal with two fundamental problems: (i) to explain how a justificator grants justification without itself need justification and (ii) to determine the justificator’s epistemic status. Burdzinski (Burdzinski 2007), following Sellars and Bonjour, argues that the perceptive experience could not be a response to the first problem, because if its content was not propositional it would not grant justification and if its content was propositional it would grant justification and would require justification. My proposal is that perceptual experience justifies in virtue of its representational nature. The act of taking the content of a perception by its face value is justified until there is a reason to the contrary, ie, this act is prima facie justified. This forces us to answer the second problem by saying that the basic justificator is not infallible. This falibilist response dislike the skeptic, but it is the best foundationalist answer to epistemic regress.

Carvalho, E. M. (2007).  Em defesa da justificação perceptiva: desmistificando o mito do dado. (Perini, E. S., Ed.). , Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais Abstracttese-e.pdf

Deste o ataque de Wilfrid Sellars às teorias dos dados dos sentidos, tornou-se difícil entender o papel da experiência perceptiva na justificação de crenças sobre o mundo. Muitos filósofos passaram a defender que a experiência apenas causa crenças, jamais as justifica. Nesta tese, defendo que a experiência justifica crenças empíricas não-inferencialmente. Explicito três acepções de 'justificação': embasamento, razão e legitimação. A idéia é que a experiência pode ser uma razão para crer. O sujeito pode se basear na sua experiência para formar ou manter uma crença sobre o mundo. A distinção entre veículo e conteúdo cumpre um papel importante nesta tese. A experiência perceptiva e a crença são veículos representacionais. Ambas podem carregar o mesmo conteúdo. Com este passo eu posso explicar a relevância do conteúdo da experiência para a verdade da crença. Também é preciso explicar como a experiência serve de razão para crer na perspectiva do sujeito. A inferência mostra como uma crença pode vir a ser uma razão para outra crença. Mas o modelo da inferência não pode ser usado para explicar a transição entre um estado perceptivo e um estado doxástico, pois a experiência pode ser um veículo não-conceitual. Proponho, seguindo Evans, que o ato de conceptualização envolvido na formação de uma crença sobre o mundo é a chave para entendermos como a experiência pode ser uma razão para crer, como a transição de um estado perceptivo para um estado doxástico pode ser racional. O empirismo defendido é mínimo. Embora a experiência sirva de justificador não-condicionado para crenças sobre o mundo, as crenças assim justificadas não são incorrigíveis.