the myth of the given

Showing results in 'Publications'. Show all posts
Carvalho, E. (2016).  An actionist approach to the justificational role of perceptual experience. Revista Portuguesa de Filosofia. 72((2-3)), 545-572. AbstractWebsite

In this paper, I defend an account of how perceptual experience can bear rational relation to our empirical thought. In the first part, I elaborate two claims that are central for the justificational role of perceptual experience, namely, the claim that perception and belief share the same kind of content, and the claim that perception is independent from belief. At first sight, these claims seems not to be compatible, since the first one seems to require the truth of content conceptualism, while the second one seems to require its falsity. In the second part, based on Alva Noë's actionist theory of perception, I argue in favor of a less intellectualist interpretation of the first claim, uncommitted to content conceptualism, and then I show how it can be reconciled with the second claim. Finally, I explain how perception holds rational relationships with our empirical thought through the exercise of observational concepts. These concepts link what I propose to call ‘space of actions’ to the logical space of reasons.

Carvalho, E. (2014).  Internismo sem intelectualismo e reflexividade. Kriterion. 55(129), 153-172. AbstractWebsite

Em seu livro, “Perception as a Capacity for Knowledge” (2011), John McDowell defende que a garantia fornecida pela percepção é infalível. Para tanto, é preciso entender o papel que a razão tem na constituição de estados perceptivos genuínos. Por meio dela, posicionamos estes estados no espaço lógico das razões. Assim, não só fazemos do estado perceptivo um episódio de conhecimento, mas também obtemos conhecimento de como chegamos a este conhecimento. McDowell sustenta que esta condição para o conhecimento, a posse da capacidade de posicionar um estado perceptivo no espaço lógico das razões, não o compromete com o intelectualismo. Neste artigo, defendo que o internismo de McDowell não está totalmente livre do intelectualismo e que o internismo é mais plausível não só sem intelectualismo,
mas também sem reflexividade.

Carvalho, E. (2008).  Algumas Luz para o Fundacionismo?. Philosophos. 13(1), 35-65. AbstractWebsite

The foundationalist needs to deal with two fundamental problems: (i) to explain how a justificator grants justification without itself need justification and (ii) to determine the justificator’s epistemic status. Burdzinski (Burdzinski 2007), following Sellars and Bonjour, argues that the perceptive experience could not be a response to the first problem, because if its content was not propositional it would not grant justification and if its content was propositional it would grant justification and would require justification. My proposal is that perceptual experience justifies in virtue of its representational nature. The act of taking the content of a perception by its face value is justified until there is a reason to the contrary, ie, this act is prima facie justified. This forces us to answer the second problem by saying that the basic justificator is not infallible. This falibilist response dislike the skeptic, but it is the best foundationalist answer to epistemic regress.

Carvalho, E. M. (2007).  Em defesa da justificação perceptiva: desmistificando o mito do dado. (Perini, E. S., Ed.). , Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais Abstracttese-e.pdf

Deste o ataque de Wilfrid Sellars às teorias dos dados dos sentidos, tornou-se difícil entender o papel da experiência perceptiva na justificação de crenças sobre o mundo. Muitos filósofos passaram a defender que a experiência apenas causa crenças, jamais as justifica. Nesta tese, defendo que a experiência justifica crenças empíricas não-inferencialmente. Explicito três acepções de 'justificação': embasamento, razão e legitimação. A idéia é que a experiência pode ser uma razão para crer. O sujeito pode se basear na sua experiência para formar ou manter uma crença sobre o mundo. A distinção entre veículo e conteúdo cumpre um papel importante nesta tese. A experiência perceptiva e a crença são veículos representacionais. Ambas podem carregar o mesmo conteúdo. Com este passo eu posso explicar a relevância do conteúdo da experiência para a verdade da crença. Também é preciso explicar como a experiência serve de razão para crer na perspectiva do sujeito. A inferência mostra como uma crença pode vir a ser uma razão para outra crença. Mas o modelo da inferência não pode ser usado para explicar a transição entre um estado perceptivo e um estado doxástico, pois a experiência pode ser um veículo não-conceitual. Proponho, seguindo Evans, que o ato de conceptualização envolvido na formação de uma crença sobre o mundo é a chave para entendermos como a experiência pode ser uma razão para crer, como a transição de um estado perceptivo para um estado doxástico pode ser racional. O empirismo defendido é mínimo. Embora a experiência sirva de justificador não-condicionado para crenças sobre o mundo, as crenças assim justificadas não são incorrigíveis.