disjunctivism

Showing results in 'Publications'. Show all posts
Carvalho, E. M. (2023).  O disjuntivismo ecológico e o argumento causal. Trans/Form/Ação. 46(Edição Special 1), 147-174. AbstractWebsite

Neste artigo, argumento que a abordagem ecológica da percepção oferece recursos para desarmar o argumento causal contra o disjuntivismo. Segundo o argumento causal, como os estados cerebrais que proximamente antecedem a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente podem ser do mesmo tipo, não haveria portanto uma boa razão para rejeitar que a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente tenham fundamentalmente a mesma natureza. O disjuntivismo com respeito à natureza da experiência seria assim falso. Identifico três suposições que apoiam o argumento causal: a suposição da indistinguibilidade, a suposição da linearidade e a suposição da duplicação. De acordo com a abordagem ecológica da percepção, essas suposições não se sustentam, abrindo espaço para a defesa de uma versão ecológica do disjuntivismo. Episódios perceptivos se estendem ao longo do tempo e são supervenientes ao sistema organismo-ambiente. Eles também podem ser distinguidos dos 'correspondentes' episódios de alucinação por serem o resultado de um processo controlado de sintonização, ao passo que as alucinações são passivas e refratárias às atividades de exploração e sintonização. Por fim, o disjuntivismo ecológico, na medida em que é imune ao argumento causal, se mostra vantajoso em relação aos disjuntivismos negativo e positivo.

Carvalho, E. M. (2021).  An Ecological Approach to Disjunctivism. Synthese. 198(Radical Views on Cognition), 285–306. Abstractan_ecological_approach_to_disjunctivism.pdfWebsite

In this paper I claim that perceptual discriminatory skills rely on a suitable type of environment as an enabling condition for their exercise. This is because of the constitutive connection between environment and perceptual discriminatory skills, inasmuch as such connection is construed from an ecological approach. The exercise of a discriminatory skill yields knowledge of affordances of objects, properties, or events in the surrounding environment. This is practical knowledge in the first-person perspective. An organism learns to perceive an object by becoming sensitized to its affordances. I call this position ecological disjunctivism. A corollary of this position is that a case of perception and its corresponding case of hallucination—which is similar to the former only in some respects—are different in nature. I show then how the distinguishability problem is addressed by ecological disjunctivism.

Carvalho, E. (2019).  On the Nature of Hinge Commitments. Sképsis. X(19), 55-66. AbstractWebsite

This is a critical commentary on Pritchard's book Epistemic Angst. In Section 2, I present the closure-based radical skeptical paradox. Then in Section 3, I sketch Pritchard’s undercutting response to this paradox. Finally, in Section 4, I put forward two concerns about Pritchard’s response and I also propose a reading of hinge commitments, the ability reading, that might put some pressure on Pritchard’s own reading of these commitments.

Carvalho, E., & Williges F. (2016).  Stroud, Austin, and Radical Skepticism. Sképsis. 57-75. AbstractWebsite

Is ruling out the possibility that one is dreaming a requirement for a knowledge claim? In “Philosophical Scepticism and Everyday Life” (1984), Barry Stroud defends that it is. In “Others Minds” (1970), John Austin says it is not. In his defense, Stroud appeals to a conception of objectivity deeply rooted in us and with which our concept of knowledge is intertwined. Austin appeals to a detailed account of our scientific and everyday practices of knowledge attribution. Stroud responds that what Austin says about those practices is correct in relation to the appropriateness of making knowledge claims, but that the skeptic is interested in the truth of those claims. In this paper, we argue that Stroud’s defense of the alleged requirement smuggles in a commitment to a kind of internalism, which asserts that the perceptual justification available to us can be characterized independently of the circumstances in which we find ourselves. In our reading of Austin, especially of Sense & Sensibilia, he rejects that kind of internalism by an implicit commitment to what is called today a “disjunctive” view of perception. Austin says that objectivity is an aspect of knowledge, and his disjunctivism is part of an explanation of why the alleged requirement is not necessary for a knowledge claim. Since both Stroud and Austin are committed to the objectivity of knowledge, Stroud may ask which view of perceptual knowledge is correct, whether the internalist or the disjunctive. We argue that by paying closer attention to what Austin says about our practices of knowledge attribution, one can see more clearly that it is grounded not only on a conception of objectivity, but also on a conception of ourselves as information agents, a conception that is as deeply rooted as that of the objectivity of knowledge. This gives us moral and practical reasons to favor the disjunctive view of perception.

Carvalho, E. (2015).  O argumento da ilusão/alucinação e o disjuntivismo: Ayer vs. Austin. Sképsis. 85-107. AbstractWebsite

O argumento da ilusão/alucinação foi muitas vezes proposto para sustentar a conclusão forte de que estamos sempre percebendo diretamente dados dos sentidos. Em Sentido e Percepção, Austin defende que o argumento está apoiado sobre uma “massa de falácias sedutoras (verbais, na maior parte)”. Neste artigo, eu defendo que os movimentos argumentativos de Austin para desconstruir o argumento da ilusão são melhor compreendidos se vistos como decorrentes do seu comprometimento implícito com uma concepção disjuntivista da percepção. Seus apontamentos devem ser encarados como uma discussão aprofundada acerca de como conceber a percepção. Se a capacidade perceptiva for concebida disjuntivamente, o argumento da ilusão não prova nem mesmo a tese mais fraca de que algumas vezes percebemos dados dos sentidos. Em resposta ao Austin, Ayer alegou que a conclusão forte do argumento da ilusão pode ser sustentada pelo método da possibilidade de erro. Defendo que esse método isoladamente não sustenta essa conclusão e a disputa se volta para o conflito entre diferentes concepções da percepção. O argumento da ilusão é filosoficamente interessante por colocar em evidência o problema de como a capacidade perceptiva deve ser articulada e concebida. Embora questões de fato sejam relevantes, elas apenas não parecem decidir essa questão.

Carvalho, E. (2014).  Internismo sem intelectualismo e reflexividade. Kriterion. 55(129), 153-172. AbstractWebsite

Em seu livro, “Perception as a Capacity for Knowledge” (2011), John McDowell defende que a garantia fornecida pela percepção é infalível. Para tanto, é preciso entender o papel que a razão tem na constituição de estados perceptivos genuínos. Por meio dela, posicionamos estes estados no espaço lógico das razões. Assim, não só fazemos do estado perceptivo um episódio de conhecimento, mas também obtemos conhecimento de como chegamos a este conhecimento. McDowell sustenta que esta condição para o conhecimento, a posse da capacidade de posicionar um estado perceptivo no espaço lógico das razões, não o compromete com o intelectualismo. Neste artigo, defendo que o internismo de McDowell não está totalmente livre do intelectualismo e que o internismo é mais plausível não só sem intelectualismo,
mas também sem reflexividade.

Carvalho, E. (2002).  Em Defesa da Percepção de Objetos Reais. Rumos da Epistemologia, Vol. 6. , Florianópolis: UFSC-NELCarvalho, E. em_defesa_da_percepcao_de_objetos_reais.pdf