ecological psychology

Silva, M. B., Carvalho E. M., & Ferreira R. S. (Forthcoming).  Ecological Perspectivism: Understanding Perspectival Realism through Ecological Psychology. Synthese. Abstract

Perspectival realism claims that scientific knowledge is always situated into a vantage
point. We argue that ecological psychology offers a suitable framework to develop
perspectival epistemologies. Ecological psychology stresses that perception is focused
on affordances, i.e. the possibilities of interactions afforded by reality given the abilities
of an organism. We call the integrating view as ecological perspectivism. It claims that
science offers knowledge of reality in terms of affordances, which are relational to the
instruments and abilities of scientific communities. Cognition is of affordances, and
what a domain affords for scientists depends on which skills and technologies they
avail. We connect this proposal with the main arguments for perspectivism. First,
regarding instrumental detections, ecological perspectivism offers a realist account of
perception that treats the use of instruments as tools that scaffold and extend
embodied cognition. Second, regarding model pluralism, ecological perspectivism
supports an artifactualist account of modelling as embodied cognition extended by
tools. Such tools can be representational by receiving semantic interpretations that
associate them with targets through the use of linguistic skills. Third, we promote
Michella Massimi’s account of Natural Kinds with a Human Face. It treats kinds as
open-ended groupings of phenomena that salient nomological dependencies.
However, ecological perspectivism suggests that the realist content of scientific
perspectives must be cashed out in terms of affordances, thereby reinterpreting the
metaphysical notion of ‘phenomena’.

Figueiredo, N., Carvalho E. M., & Meurer C. (Forthcoming).  Introdução ao enativismo: cognição, corpo, ambiente e ação. , Uberlândia: EDUFU
Carvalho, E. M. (Forthcoming).  Cognição Corporificada. Introdução ao enativismo: cognição, corpo, ambiente e ação. , Uberlândia: EDUFU Abstract

A cognição corporificada compreende um conjunto diversificado de ideias e hipóteses sobre o papel do corpo e da ação na cognição. Neste capítulo, apresento e discuto algumas dessas ideias. Seguindo a proposta de Lawrence Shapiro, apresento e discuto criticamente as hipóteses da conceitualização, da constituição, e da substituição. Ao longo do capítulo, eu abordo as questões do papel do corpo na cognição, o escopo da corporificação e a natureza do corpo. Argumento que o quadro conceitual oferecido pelo enativismo permite uma reelaboração da distinção fenomenológica entre corpo e corpo vivido que é útil para refletir sobre as três questões referidas acima.

Carvalho, E. M. (2024).  Valores na Ciência e a perspectiva ecológica do conhecimento científico. Ciência: epistemologia e ensino. , Rio de Janeiro: Editora do PPG Filosofia da UFRRJ Abstract

A ideia de que a ciência — ou ao menos as atividades científicas que são consideradas as mais essenciais para a ciência — deve ser livre de valores é bastante difundida. Neste capítulo, vou discutir essa tese, normalmente entendida como um ideal de ciência. Na primeira seção, introduzo alguns conceitos e distinções que são importantes para entender essa tese, como a diferença entre valores cognitivos e não-cognitivos. Na segunda seção, discuto o papel dos valores na seleção de problemas e na metodologia científica. Na terceira seção, apresento dois argumentos canônicos contra o ideal da ciência como livre de valores: o argumento da lacuna explicativa, de Helen Longino (1990), e o argumento do risco indutivo, de Heather Douglas (2009). Na quarta seção, discuto algumas respostas a esses argumentos. Por fim, na última seção, a partir da abordagem ecológica, exploro e sustendo a ideia de que a reconcepção da ciência como uma atividade social situada e adaptativa supera a dicotomia entre fato e valor que subjaz a discussão. Essa nova concepção de ciência nos permite acomodar melhor os resultados dos argumentos apresentados na terceira seção.

Carvalho, E. M. (2024).  A percepção afetiva de affordances. Síntese Revista de Filosofia. 51(161), 413-435. AbstractWebsite

Em virtude da virada afetiva nas ciências cognitivas, nota-se um interesse crescente em atualizar a psicologia ecológica para que ela incorpore de modo mais frontal o papel da afetividade na percepção. A distinção entre affordances e solicitações foi introduzida com esse propósito. As primeiras são relações mais estáveis entre o ambiente e habilidades disponíveis em uma forma de vida e não dependem da percepção, nem dos estados afetivos de organismos particulares, ao passo que as solicitações são transitórias, individuais, dependentes da percepção e profundamente emaranhadas aos afetos correntes de um organismo em particular. Rob Withagen radicaliza essa distinção em dois aspectos: (i) affordances deixam de cumprir um papel explicativo do comportamento do organismo, apenas solicitações o fazem; (ii) solicitações não são apenas affordances relevantes afetivamente carregadas, elas abrangem também percepções errôneas afetivamente carregadas. Argumento que Withagen foi longe demais. Se entendemos as affordances como uma relação entre as habilidades de um organismo individual e o seu ambiente, então já temos recursos suficientes para incorporar a afetividade. Afetos tanto constituem habilidades perceptuais quanto modulam o seu exercício, de modo que não há percepção de affordance completamente livre de afetividade. Estados afetivos são cruciais para dirigir a nossa atenção para as possibilidades de ações que são relevantes para a atividade em que estamos engajados e para nos dar um senso da qualidade da nossa relação com o ambiente.

Affective Affordances: direct perception meets affectivity

Affective Affordances: direct perception meets affectivity

Foi publicado a edição especial Fenomenologia, Ação, cognição e afetividade. Tive o prazer de contribuir com o texto "Affective Affordances: direct perception meets affectivity". Neste artigo, exploro as maneiras pelas quais a afetividade pode afetar a percepção na perspectiva ecológica e indago se isso afeta a percepção direta. Minha conclusão é que, ao contrário, a afetividade possibilita um engajamento ainda mais fino com o ambiente.

Introdução à Psicologia Ecológica

Introdução à Psicologia Ecológica

O capítulo "Psicologia Ecológica: da percepção à cognição social", que serve como introdução à abordagem de James Gibson e Eleonor Gibson à percepção, foi publicado no livro Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição, organizado por Marcus José Alves de Souza e Maxwell Morais de Lima Filho. O livro está disponível gratuitamente no site da Editora Fi.

Carvarlho, E. M. (2022).  An ecological approach to hinge propositions. Sképsis. XIII(25), 1-16. AbstractWebsite

In this paper, I argue that hinge propositions are ways of acting that constitute abilities or skills. My starting point is Moyal-Sharrock’s account of hinge propositions. However, Moyal-Sharrock’s account leaves gaps to be filled, as it does not offer a unified explanation of the origin of our ungrounded grounds. Her account also lacks resources to respond to the issue of demarcation, since it does not provide a criterion for distinguishing ways of acting that can legitimately fulfill the role of ungrounded grounds from those that cannot. Without an answer to this issue, the relativistic threat is serious. I then propose that by narrowing the ways of acting to those that are constitutive of abilities, we can deal with the relativistic threat. I provide an ecological approach to abilities through which I explain why abilities are reality-soaked and therefore why the ways of acting that constitute them are legitimate ungrounded grounds. Based on that approach, I provide an
answer to the issue of demarcation that defuses the relativistic threat.

Carvalho, E. M. (2022).  Affective Affordances: Direct perception meets affectivity. Perspectiva Filosófica. 49(5), 19-51. AbstractWebsite

In this paper, I explore and examine different ways in which affectivity is related to perception within ecological psychology. I assess whether some of those ways compromise the realist and direct aspects of traditional ecological perception. I sustain that they don’t. Affectivity, at least in some cases, turns the perception of fine-grained affordances possible. For an engaged perceiver, affectivity is not optional.

O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal

O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal

Apresentei o trabalho "O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal" no GT-Ceticismo. Aproveite para acompanhar outras falas do encontro do GT. O meu trabalho será publicado no próximo ano na revista Trans/Form/Ação.