ecological psychology

Carvalho, E. M. (2024).  Valores na Ciência e a perspectiva ecológica do conhecimento científico. Ciência: epistemologia e ensino. , Rio de Janeiro: Editora do PPG Filosofia da UFRRJ Abstract

A ideia de que a ciência — ou ao menos as atividades científicas que são consideradas as mais essenciais para a ciência — deve ser livre de valores é bastante difundida. Neste capítulo, vou discutir essa tese, normalmente entendida como um ideal de ciência. Na primeira seção, introduzo alguns conceitos e distinções que são importantes para entender essa tese, como a diferença entre valores cognitivos e não-cognitivos. Na segunda seção, discuto o papel dos valores na seleção de problemas e na metodologia científica. Na terceira seção, apresento dois argumentos canônicos contra o ideal da ciência como livre de valores: o argumento da lacuna explicativa, de Helen Longino (1990), e o argumento do risco indutivo, de Heather Douglas (2009). Na quarta seção, discuto algumas respostas a esses argumentos. Por fim, na última seção, a partir da abordagem ecológica, exploro e sustendo a ideia de que a reconcepção da ciência como uma atividade social situada e adaptativa supera a dicotomia entre fato e valor que subjaz a discussão. Essa nova concepção de ciência nos permite acomodar melhor os resultados dos argumentos apresentados na terceira seção.

Affective Affordances: direct perception meets affectivity

Affective Affordances: direct perception meets affectivity

Foi publicado a edição especial Fenomenologia, Ação, cognição e afetividade. Tive o prazer de contribuir com o texto "Affective Affordances: direct perception meets affectivity". Neste artigo, exploro as maneiras pelas quais a afetividade pode afetar a percepção na perspectiva ecológica e indago se isso afeta a percepção direta. Minha conclusão é que, ao contrário, a afetividade possibilita um engajamento ainda mais fino com o ambiente.

Introdução à Psicologia Ecológica

Introdução à Psicologia Ecológica

O capítulo "Psicologia Ecológica: da percepção à cognição social", que serve como introdução à abordagem de James Gibson e Eleonor Gibson à percepção, foi publicado no livro Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição, organizado por Marcus José Alves de Souza e Maxwell Morais de Lima Filho. O livro está disponível gratuitamente no site da Editora Fi.

Carvarlho, E. M. (2022).  An ecological approach to hinge propositions. Sképsis. XIII(25), 1-16. AbstractWebsite

In this paper, I argue that hinge propositions are ways of acting that constitute abilities or skills. My starting point is Moyal-Sharrock’s account of hinge propositions. However, Moyal-Sharrock’s account leaves gaps to be filled, as it does not offer a unified explanation of the origin of our ungrounded grounds. Her account also lacks resources to respond to the issue of demarcation, since it does not provide a criterion for distinguishing ways of acting that can legitimately fulfill the role of ungrounded grounds from those that cannot. Without an answer to this issue, the relativistic threat is serious. I then propose that by narrowing the ways of acting to those that are constitutive of abilities, we can deal with the relativistic threat. I provide an ecological approach to abilities through which I explain why abilities are reality-soaked and therefore why the ways of acting that constitute them are legitimate ungrounded grounds. Based on that approach, I provide an
answer to the issue of demarcation that defuses the relativistic threat.

Carvalho, E. M. (2022).  Affective Affordances: Direct perception meets affectivity. Perspectiva Filosófica. 49(5), 19-51. AbstractWebsite

In this paper, I explore and examine different ways in which affectivity is related to perception within ecological psychology. I assess whether some of those ways compromise the realist and direct aspects of traditional ecological perception. I sustain that they don’t. Affectivity, at least in some cases, turns the perception of fine-grained affordances possible. For an engaged perceiver, affectivity is not optional.

O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal

O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal

Apresentei o trabalho "O Disjuntivismo Ecológico e o argumento causal" no GT-Ceticismo. Aproveite para acompanhar outras falas do encontro do GT. O meu trabalho será publicado no próximo ano na revista Trans/Form/Ação.

Carvalho, E. M. (2023).  O disjuntivismo ecológico e o argumento causal. Trans/Form/Ação. 46(Edição Special 1), 147-174. AbstractWebsite

Neste artigo, argumento que a abordagem ecológica da percepção oferece recursos para desarmar o argumento causal contra o disjuntivismo. Segundo o argumento causal, como os estados cerebrais que proximamente antecedem a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente podem ser do mesmo tipo, não haveria portanto uma boa razão para rejeitar que a experiência perceptiva e a experiência alucinatória correspondente tenham fundamentalmente a mesma natureza. O disjuntivismo com respeito à natureza da experiência seria assim falso. Identifico três suposições que apoiam o argumento causal: a suposição da indistinguibilidade, a suposição da linearidade e a suposição da duplicação. De acordo com a abordagem ecológica da percepção, essas suposições não se sustentam, abrindo espaço para a defesa de uma versão ecológica do disjuntivismo. Episódios perceptivos se estendem ao longo do tempo e são supervenientes ao sistema organismo-ambiente. Eles também podem ser distinguidos dos 'correspondentes' episódios de alucinação por serem o resultado de um processo controlado de sintonização, ao passo que as alucinações são passivas e refratárias às atividades de exploração e sintonização. Por fim, o disjuntivismo ecológico, na medida em que é imune ao argumento causal, se mostra vantajoso em relação aos disjuntivismos negativo e positivo.

Habit and Knowing how within ecological psycholgy and enactivism (PPGFIL/UFRGS)

Semester: 
Spring
Offered: 
2021

In this course, we will study how habit and knowing-how can be articulated within ecological psychology and enactivism and provide a robust conceptual tool to explain skillful actions.

Carvalho, E. M. (2022).  Psicologia Ecológica: da percepção à cognição social. Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição. , Porto Alegre: Editora Fi Abstract

Texto introdutório à abordagem ecológica da percepção que será publicado na coletânea Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição, Grupo Linguagem e Cognição (UFAL/CNPq).

Neste texto, apresento e examino as principais ideias que animam a abordagem ecológica da percepção. Primeiro, na Seção 2, apresento a visão instantânea da percepção, contra a qual Gibson articula e propõe a abordagem ecológica. Em seguida, não Seção 3, apresento e discuto a noção de informação ecológica. Nas seções 4 e 5 articulo a teoria das affordances e discuto a aprendizagem perceptiva. Por fim, na Seção 6, exponho e discuto a possibilidade de estender a teoria das affordances para explicar a cognição social.

Conversa sobre Filosofia e Psicologia Ecológica

Conversa sobre Filosofia e Psicologia Ecológica

Participei do Conversações Filosóficas, coordenado pelo Caio Souto, e falei um pouco sobre a Psicologia Ecológica e como venho me apoiando nela para lidar com temas da filosofia da mente e da epistemologia. Assista aqui.