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https://professor.ufrgs.br/dagnino/files/rs_mais_mortes_que_nascimentos_janeiro_junho_gzh_2021.pdf
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O professor de Demografia e Desenvolvimento Regional do Campus Litoral Norte da UFRGS Ricardo de Sampaio Dagnino afirma que os números precisam ser observados com cautela. Censos do IBGE e o Datasus, o banco de dados do Ministério da Saúde, são produzidos com mais tempo e detalhamentos. A ausência do censo de 2020, que deixou de ser produzido pelo IBGE, também traz insegurança na interpretação.
— A pandemia não vem sozinha. Quando um país está em crise, não só a sanitária mas a econômica também, como o nosso, as pessoas vivem momentos de insegurança, que fazem com que repensem suas metas de vida, como o desejo de ter filhos, que pode acabar sendo adiado. Mas essa decisão também passa, por exemplo, por questões ligadas a presença da mulher no mercado de trabalho e debates sobre igualdade de gênero — explica Dagnino.
No RS, há um agravante, segundo Dagnino, pelo fato de o Estado ter como característica "perder população" para migração, porque não atrai muito público de fora, mas envia moradores para outras regiões:
— Isso, somado a uma baixa no número de nascimentos e aumento no de mortes, pode impactar todo a nossa estrutura etária e expectativa de vida. É possível que precisemos repensar desde o sistema de previdência até o número de escolas que temos, por exemplo.