Priscilla Tesch Spinelli
Departamento de Filosofia - IFCH - UFRGS
Av. Bento Gonçalves, 9500 - Porto Alegre, RS, Brasil (email)
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Este artigo pretende chamar a atenção para uma exigência a respeito do bom aluno de política, conforme apresentado por Aristóteles no livro I da Ética Nicomaquéia, a saber, ser educado em bons hábitos. O vicioso não é um bom aluno de política porque não é capaz nem mesmo de reconhecer a validade do discurso proposto por ela e não, simplesmente, porque não é capaz de agir em conformidade com esse discurso, como pretende T. Irwin. Reconhecer um argumento prático como bom é, necessariamente, ser motivado a agir conforme à sua conclusão. Aristóteles exige bons hábitos dos seus alunos porque eles são necessários para compreender praticamente o desenvolvimento dos seus argumentos. É essa a compreensão que Aristóteles pretende que seus alunos tenham do discurso político; é essa a compreensão que o vicioso não é mais capaz de ter.PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento. Bons hábitos. Compreensão prática.
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