Qual é a relação entre percepção e ação? Qual a relação entre cognição e corpo? Qual é a natureza da cognição? Essas questões ganharam espaço na filosofia da mente a partir da virada corporificada nos estudos da percepção, do raciocínio, da linguagem e da interação social. A abordagem ecológica da percepção e o enativismo são os principais representantes dessa virada. Neste capítulo, vamos apresentar ambas as abordagens, buscando esclarecer em que sentido ação e corpo participam da percepção e da cognição
Foi publicado a edição especial Fenomenologia, Ação, cognição e afetividade. Tive o prazer de contribuir com o texto "Affective Affordances: direct perception meets affectivity". Neste artigo, exploro as maneiras pelas quais a afetividade pode afetar a percepção na perspectiva ecológica e indago se isso afeta a percepção direta. Minha conclusão é que, ao contrário, a afetividade possibilita um engajamento ainda mais fino com o ambiente.
Nesta conversação filosófica, discuti o que são as affordances e a sua relevância filosófica para a filosofia da percepção, da mente e para a epistemologia.
Texto introdutório à abordagem ecológica da percepção que será publicado na coletânea Escritos de Filosofia V: Linguagem e Cognição, Grupo Linguagem e Cognição (UFAL/CNPq).
Neste texto, apresento e examino as principais ideias que animam a abordagem ecológica da percepção. Primeiro, na Seção 2, apresento a visão instantânea da percepção, contra a qual Gibson articula e propõe a abordagem ecológica. Em seguida, não Seção 3, apresento e discuto a noção de informação ecológica. Nas seções 4 e 5 articulo a teoria das affordances e discuto a aprendizagem perceptiva. Por fim, na Seção 6, exponho e discuto a possibilidade de estender a teoria das affordances para explicar a cognição social.
Participei do Conversações Filosóficas, coordenado pelo Caio Souto, e falei um pouco sobre a Psicologia Ecológica e como venho me apoiando nela para lidar com temas da filosofia da mente e da epistemologia. Assista aqui.
Neste texto, discuto a interpretação defendida por Moyal-Sharrock, segundo a qual as proposições eixo são maneiras de agir com o objetivo de oferecer uma proposta sobre como compreendê-las. Sustento que a posição de Moyal-Sharrock deixa algumas lacunas, porque não explica a origem das nossas certezas fundamentais. A sua leitura também carece de recursos para responder ao problema da demarcação, uma vez que não é claro como distinguir maneiras de agir que podem legitimamente cumprir o papel de fundamento não fundamentado das que não podem. Sem uma resposta para esse problema, a ameaça relativista é séria. Proponho, então, que as proposições eixo são maneiras de agir constitutivas de habilidades. Desenvolvo também uma abordagem ecológica das habilidades, a qual me possibilita explicar por que habilidades são embebidas-de-realidade e, por conseguinte, por que as maneiras de agir que as constituem são fundamentos não fundamentados legítimos. Com base nessa abordagem, ofereço uma resposta para o problema da demarcação que afasta a ameaça relativista.