Aplicações e dispositivos de inteligência artificial são cada vez mais comuns na área da saúde. Robôs que cumpram algumas funções de cuidado não são um futuro distante. Neste cenário, temos de nos perguntar se é possível haver máquinas capazes de cuidar a ponto de substituírem completamente o cuidado humano e se essa substituição, em sendo possível, é desejável. Neste artigo, argumento que o cuidado requer saberes-fazeres permeados por afetividade que estão longe de
serem realizados pelas máquinas atualmente disponíveis. Sustento também que a substituição completa do cuidado realizado por humanos por cuidado realizado por máquinas não é desejável porque o cuidado requer conexão humana real.
Ótima conversa com Everton Garcia da Costa (UFRGS) e André Dirceu Gerardi (CEBRAP) sobre o ChatGPT nas ciências humanas, o evento foi promovido pelo NUPERGS/UFRGS. Nesta postagem, acrescentei algumas reflexões motivado pelo debate.