No consultório médico entra uma pessoa pálida, de olhar baço e fisionomia abatida. Julgando pelas medidas do nariz e pela sombria e melancólica expressão do rosto, não seriam estranhas a essa pessoa as bebidas alcoólicas, o resfriado crônico e a filosofia.
A pessoa se senta na cadeira e se queixa de falta de ar, queimação, melancolia e gosto ruim na boca.
– Qual é a sua profissão? – pergunta o médico.
– Eu sou dramaturgo! – informa a pessoa, não sem orgulho.