BRUNHARA, R.
2016.
Visualizando a Guerra no Mundo Antigo: O Caso de Homero e da Lírica Grega. Nau Literária. 12(2):7-18.
AbstractO texto busca analisar as primeiras representações literárias da guerra na literatura ocidental. Concentra-se primeiramente na Ilíada de Homero, oferecendo um panorama do sistema de valores que a enforma e enfatizando o forte caráter imagético de suas descrições, que intentam delinear uma visão idealizada da guerra. Em seguida, considera exemplos da lírica grega arcaica, a fim de atestar que, embora situados em outro gênero, os expedientes utilizados na épica para representar a guerra também se encontram na poesia lírica, sobretudo a enargia.
BRUNHARA, R.
2015.
A 'Seção Romana' da Alexandra, de Lícofron (vv.1226-1282). Cadernos de Literatura em Traduçao . 15:57-68.
AbstractA "seção romana" do poema Alexandra de Lícofron é uma passagem de 56 versos em que a profetiza prevê um futuro grandioso para os descendentes e, ao contrário, um funesto porvir aos próprios aqueus. A passagem tão conveniente à prespectiva da Eneida, que há quem creia tratar-se de interpolação, entre outros motivos pelo fato de ser a primeira intersecção entre o mito de Eneias e o de Rômulo e Remo. A tradução dos trímetros jâmbicos foi feita em dodecassílabos acentuados na sexta sílaba, mantendo-se anacolutos, hipérbatos, cavalgamentos, que produzem a já notória estranheza da sintaxe do poema. Procuro manter por compensação as recorrências sonoras e a logopeia.
BRUNHARA, R.
2015.
Enárgeia e elegia grega arcaica. Letras Clássicas. 19(2):43-54.
AbstractEste texto apresenta dois objetivos: primeiro, visa demonstrar como a noção de Enárgeia, fundada e elaborada na tradição retórica grega do séc. V, está presente na poesia grega desde os poemas homéricos. Em seguida, visa compreendê-la no âmbito da elegia grega arcaica simposial, sobretudo na produção do poeta espartano Tirteu.
BRUNHARA, R.
2011.
O Fragmento 2 W de Tirteu e a Poética da Eunomia. Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos. 24(1)
AbstractAcreditou-se por muito tempo que a Eunomia de Tirteu (Fr.1 – 4 W) fosse um poema narrativo destinado à comunidade e entoado apenas no espaço do festival público. Atualmente a discussão permanece em aberto, sobretudo por causa da escassez dos fragmentos que restaram. Em vez de tentar neste trabalho conjeturar uma ocasião de performance específica para o poema, este texto visa responder as seguintes perguntas a partir da leitura do fragmento 2 W: Há marcas textuais que distinguem uma poética circunscrita aos eventos públicos e outra, própria do ambiente simpótico? Se sim, Pode-se dizer que a Eunomia de Tirteu apresenta tais marcas?