De Tirteu, poeta espartano arcaico do século VII a.C., restaram-nos apenas poemas elegíacos fragmentários. Seus fragmentos dividem-se entre aqueles que narravam a história e os preceitos espartanos, instituídos por reis descendentes dos deuses, e aqueles que exortavam a uma moralidade guerreira que privilegiava a morte heroica em combate e condenava a fuga. Este trabalho consiste na tradução integral e no comentário desses fragmentos remanescentes, analisando a constituição do gênero elegíaco e seus contextos de performance no período arcaico grego (séculos VII-V a.C), bem como a relação entre a poesia de Tirteu e a tradição épica grega.